A hora e a vez de Camaçari

A hora e a vez de Camaçari

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Prefeitura cria disque-preconceito sexual

Prefeitura cria disque-preconceito sexual
Lei garante que gays podem demonstrar afeto sem sofrer constrangimento.
Estabelecimentos que não cumprirem lei poderão até perder o alvará.

Alba Valéria Mendonça Do G1, no Rio

Agora é lei: os homossexuais já podem se beijar e não precisam mais reprimir manifestações de carinho, afeto, emoção e sentimento, em estabelecimentos privados, como bares, cinemas e restaurantes, por medo do preconceito ou intimidação. O prefeito Cesar Maia assinou decreto que cria o Comitê da Diversidade de Direitos e que regulamenta a lei que pune a discriminação de orientação sexual.

O comitê começa a funcionar nesta quarta-feira (12). A partir das 9h, os gays que passaram por alguma situação vexatória ou de constrangimento podem fazer sua queixa pelo telefone 9923-4291, que vai atender 24 horas por dia.

Segundo o secretário municipal de Assistência Social, Marcelo Garcia, as denúncias serão analisadas em conjunto com uma equipe da Secretaria de Governo e com representantes da sociedade civil.

"Enfim, não precisamos mais ter medo de beijar o namorado e ser tratado como se fosse um tarado. Como qualquer casal heterossexual, vamos poder demonstrar afeto sem ser expulso dos lugares ou passar por constrangimento. O preconceito vai ser punido", comemorou o secretário, homossexual assumido, que disse só ter tido conseguido manifestar carinho com o namorado no exterior.
Sem exageros
Garcia diz que é preciso atentar para o fato que o decreto regulamenta a manifestação de carinho. Os exageros, que possam deixar as outras pessoas constrangidas, devem ser evitados tanto por héteros quanto por gays.

Num primeiro momento, destaca Garcia, as ações do comitê serão educativas. Segundo ele, é preciso que toda a sociedade passe por um período de aprendizagem. Dependendo do grau de preconceito, o estabelecimento denunciado poderá ser advertido e multado (em R$ 2.490). Nos casos de reincidência, eles poderão ainda sofrer suspensão de 30 dias ou perder o alvará de funcionamento.

"Esse é um decreto histórico no Brasil, que vai punir quem provoca o preconceito. Só queremos ter o direito de beijar, abraçar e andar de mãos dadas. E isso não é ilícito", disse o secretário.

A estrutura do comitê ainda está sendo montada. As denúncias também podem ser feitas no Núcleo de Direitos Humanos da Secretaria municipal de Assistência Social – no 5º andar do Centro Administrativo São Sebastião, no Centro – ou pelo e-mail rsalgueiro@pcrj.rj.gov.br.

Prefeitura cria disque-preconceito sexual

Prefeitura cria disque-preconceito sexual
Lei garante que gays podem demonstrar afeto sem sofrer constrangimento.
Estabelecimentos que não cumprirem lei poderão até perder o alvará.

Alba Valéria Mendonça Do G1, no Rio

Agora é lei: os homossexuais já podem se beijar e não precisam mais reprimir manifestações de carinho, afeto, emoção e sentimento, em estabelecimentos privados, como bares, cinemas e restaurantes, por medo do preconceito ou intimidação. O prefeito Cesar Maia assinou decreto que cria o Comitê da Diversidade de Direitos e que regulamenta a lei que pune a discriminação de orientação sexual.

O comitê começa a funcionar nesta quarta-feira (12). A partir das 9h, os gays que passaram por alguma situação vexatória ou de constrangimento podem fazer sua queixa pelo telefone 9923-4291, que vai atender 24 horas por dia.

Segundo o secretário municipal de Assistência Social, Marcelo Garcia, as denúncias serão analisadas em conjunto com uma equipe da Secretaria de Governo e com representantes da sociedade civil.

"Enfim, não precisamos mais ter medo de beijar o namorado e ser tratado como se fosse um tarado. Como qualquer casal heterossexual, vamos poder demonstrar afeto sem ser expulso dos lugares ou passar por constrangimento. O preconceito vai ser punido", comemorou o secretário, homossexual assumido, que disse só ter tido conseguido manifestar carinho com o namorado no exterior.
Sem exageros
Garcia diz que é preciso atentar para o fato que o decreto regulamenta a manifestação de carinho. Os exageros, que possam deixar as outras pessoas constrangidas, devem ser evitados tanto por héteros quanto por gays.

Num primeiro momento, destaca Garcia, as ações do comitê serão educativas. Segundo ele, é preciso que toda a sociedade passe por um período de aprendizagem. Dependendo do grau de preconceito, o estabelecimento denunciado poderá ser advertido e multado (em R$ 2.490). Nos casos de reincidência, eles poderão ainda sofrer suspensão de 30 dias ou perder o alvará de funcionamento.

"Esse é um decreto histórico no Brasil, que vai punir quem provoca o preconceito. Só queremos ter o direito de beijar, abraçar e andar de mãos dadas. E isso não é ilícito", disse o secretário.

A estrutura do comitê ainda está sendo montada. As denúncias também podem ser feitas no Núcleo de Direitos Humanos da Secretaria municipal de Assistência Social – no 5º andar do Centro Administrativo São Sebastião, no Centro – ou pelo e-mail rsalgueiro@pcrj.rj.gov.br.

Prefeitura cria disque-preconceito sexual

Prefeitura cria disque-preconceito sexual
Lei garante que gays podem demonstrar afeto sem sofrer constrangimento.
Estabelecimentos que não cumprirem lei poderão até perder o alvará.

Alba Valéria Mendonça Do G1, no Rio

Agora é lei: os homossexuais já podem se beijar e não precisam mais reprimir manifestações de carinho, afeto, emoção e sentimento, em estabelecimentos privados, como bares, cinemas e restaurantes, por medo do preconceito ou intimidação. O prefeito Cesar Maia assinou decreto que cria o Comitê da Diversidade de Direitos e que regulamenta a lei que pune a discriminação de orientação sexual.

O comitê começa a funcionar nesta quarta-feira (12). A partir das 9h, os gays que passaram por alguma situação vexatória ou de constrangimento podem fazer sua queixa pelo telefone 9923-4291, que vai atender 24 horas por dia.

Segundo o secretário municipal de Assistência Social, Marcelo Garcia, as denúncias serão analisadas em conjunto com uma equipe da Secretaria de Governo e com representantes da sociedade civil.

"Enfim, não precisamos mais ter medo de beijar o namorado e ser tratado como se fosse um tarado. Como qualquer casal heterossexual, vamos poder demonstrar afeto sem ser expulso dos lugares ou passar por constrangimento. O preconceito vai ser punido", comemorou o secretário, homossexual assumido, que disse só ter tido conseguido manifestar carinho com o namorado no exterior.
Sem exageros
Garcia diz que é preciso atentar para o fato que o decreto regulamenta a manifestação de carinho. Os exageros, que possam deixar as outras pessoas constrangidas, devem ser evitados tanto por héteros quanto por gays.

Num primeiro momento, destaca Garcia, as ações do comitê serão educativas. Segundo ele, é preciso que toda a sociedade passe por um período de aprendizagem. Dependendo do grau de preconceito, o estabelecimento denunciado poderá ser advertido e multado (em R$ 2.490). Nos casos de reincidência, eles poderão ainda sofrer suspensão de 30 dias ou perder o alvará de funcionamento.

"Esse é um decreto histórico no Brasil, que vai punir quem provoca o preconceito. Só queremos ter o direito de beijar, abraçar e andar de mãos dadas. E isso não é ilícito", disse o secretário.

A estrutura do comitê ainda está sendo montada. As denúncias também podem ser feitas no Núcleo de Direitos Humanos da Secretaria municipal de Assistência Social – no 5º andar do Centro Administrativo São Sebastião, no Centro – ou pelo e-mail rsalgueiro@pcrj.rj.gov.br.

sábado, 8 de novembro de 2008

A violência contra a mulher não é o mundo que a gente quer!

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A violência contra a mulher não é o mundo que a gente quer!
Um emblemático tiro na virilha de todas nós!!!
texto de Mercedes Lima sobre o caso Eloá

O Brasil acompanhou com apreensão e tristeza o drama da quase criança ELOÁ nas suas cem horas de opressão e terror em função de um ato de dominação machista. Lindemberg Alves, o namorado, com sua pretendida incontrolada paixão pela ex-namorada, acaba por seqüestrá-la, tortura-la e matá-la. Muitas vezes as feministas somos questionadas a propósito da validade ou propósito da luta feminista ainda hoje.A imprensa (escrita e televisiva) trata frequentemente com ironia a nossa luta insinuando, muitas vezes, que ela já se encontra vencida. A vida continua demonstrando que não...
O crime de seqüestro, seguido ou não de morte, vem sendo praticado pelos homens contra as mulheres na tentativa de evitar o final de uma relação amorosa, ou de reinício da relação já finda porque a mulher assim o deseja. É crime não contra Ana, Sandra ou Eloá, é crime contra a mulher simplesmente por ser mulher: é feminicídio.
Este tipo de crime vai ganhando visibilidade hoje, tanto quanto na década de setenta a questão da não punição de matadores de parceiras amorosas ou dos crimes que antes ocorriam nos silêncios de quartos e salas, quando as feministas vão às ruas para protestar e denunciar a impunidade em função da existência do instituto jurídico da defesa da honra. Tudo em um período em que nenhum movimento social, inclusive o das mulheres e feministas, poderia existir e muito menos ter visibilidade.
Quando em 1976 Doca Street é absolvido da acusação de assassinato de Ângela Diniz, alegando defesa de sua honra, houve uma grita geral das mulheres do país.Pouco depois, em março de 1981, Eliane de Grammont é assassinada por seu ex-marido, Lindomar Castilho.
Nos dois simbólicos casos os crimes ocorreram porque as vítimas queriam acabar com o relacionamento amoroso. Os crimes motivaram a campanha “Quem ama não mata”, a criação das primeiras Delegacias da Mulher e uma legislação inicial enfrentando a questão da violência contra a mulher.
Após os assassinatos de Ângela e Eliane e de outras tantas anônimas, temos a recente condenação de Pimenta Neves, ex-diretor de redação do jornal “O Estado de São Paulo”, pelo assassinato em 2000 da também jornalista e sua ex-namorada, Sandra Gomide, com uma pena reduzida para quinze anos. Até hoje somente esteve preso por sete meses. Continua respondendo por seu crime em liberdade: um escárnio contra a dignidade das mulheres.
Quanto ao comportamento do Estado e seus agentes sabemos que o capitalismo, o patriarcado, utilizam mecanismos para dominar as mulheres, fortalecendo e reforçando a opressão e a violência contra as mesmas. Pouco se discute, entretanto, é certo que há também que se falar e refletir a propósito da violência institucional contra as mulheres.
O Estado reluta em reconhecer a questão de gênero, e, portanto, de ter um programa de políticas públicas no combate à violência sexista e atendimento às mulheres em situação de risco e violência: com solução de continuidade, discutido com a sociedade e com as mulheres, com exemplar punição aos agressores, com capacitação e formação dos servidores públicos, com projetos na educação, buscando o fim da violência contra a mulher. Falamos em programa porque não podem ser medidas paliativas. Um programa sério, bem conduzido, perpassando todas as áreas governamentais e sociais, tratado como uma grave situação por toda a sociedade, teria que ter uma durabilidade de pelo menos dez anos sem qualquer solução de continuidade tendo como meta a extinção de violência contra a mulher.
No caso Eloá, ficou evidenciada a violência institucional contra a mulher, com a declaração do coronel, Eduardo Felix, do GATE – Grupo de Ações Táticas Especiais da Polícia Militar que se referiu ao assassino, como “um pobre rapaz de vinte e dois anos e muito apaixonado”. Interessante notar que quando se trata do aborto, não admitido pelo Estado, surgem centenas de teses sobre a importância da defesa da vida, mas neste caso a vida das duas meninas ( Eloá e Nayara), vítimas de seqüestro, cárcere privado, ficou relegada a um segundo plano tendo-se em vista que o assassino era um jovem menino apaixonado.. .. coitado!! A polícia demonstrou, diante deste crime de caráter machista, um grande despreparo para tratar da questão e também um desconhecimento sobre as relações de gênero, enquanto relações que mascaram as questões de hierarquia e poder.

As feministas temos insistido no sentido de que o Governo de São Paulo assine o Pacto Nacional de Enfrentamento à Violência contra a Mulher (um conjunto articulado de ações no combate à violência contra a mulher), porque é preciso capacitar os servidores públicos, principalmente os que lidam com maior proximidade com a questão da violência contra a mulher, para que tenham o pleno conhecimento, entendimento e respeito para com a aplicação e implementação da Lei Maria da Penha, não como uma panacéia para solução de problemas sociais brasileiros, mas como um início de conscientização para uma questão que implica em razões históricas de uma sociedade capitalista e patriarcal onde a violência tem um caráter estrutural.
Por outro lado, além do Estado, há uma mídia que cria mecanismos de controle sobre a mulher, que vende modos e estilos de vida, formas de pensar, visão de mundo, alimenta a indústria da beleza, enfim, uma cultura de violência. A novela das oito/nove promove há quarenta anos a venda de um conto de fadas, do amor entre pobres e ricos, da menina princesa que em geral se realiza ainda pelo casamento, pela relação amorosa.
São veiculados e construídos valores sociais, apresentando a mulher como uma pessoa vulnerável, incapaz e sem condições de decidir a própria vida, que tem o casamento e a maternidade como destinos, em contraposição à divulgação de uma imagem positiva do homem : ele trabalha, tem autonomia sobre o seu corpo e destino. Forja-se ainda um modelo de masculinidade rígido e legitimado socialmente a partir da força, da dominação e mesmo da violência. A televisão além de não refletir e não representar toda a diversidade das mulheres de hoje, insistem em um estereótipo que reforça o preconceito e a discriminação.
A dependência econômica causada pelo desemprego ou subemprego, o casamento apontado como um destino, o controle sobre o corpo e sexualidade das mulheres, banalizado e naturalizado, são instrumentos de dominação das mulheres. Quando estes mecanismos não funcionam, isto é, quando uma mulher se nega a qualquer tipo de dominação (terminando um relacionamento amoroso, recusando-se a entregar o seu corpo ou a prosseguir com um casamento ou relação amorosa, ou mesmo quando manifesta o simples desejo de voltar a trabalhar ou a estudar, surge a violência e morte).
Foi sintomático o local do tiro disparado contra Eloá : na virilha, um local de representação de identidade sexual. O tiro atinge a todas as mulheres na medida em que representou o resultado trágico de uma não aceitação, de uma recusa de dominação, com, aliás, de resto, ocorre sempre em uma sociedade de opressores e oprimidos. Representou para o assassino a vingança por ter deixado de ter domínio sobre a sexualidade e o corpo da ex-namorada, porque esta agiu,como sujeito de suas decisões, de sua vida...O tiro atinge a virilha de todas nós....
No meio de um drama humano um programa de TV resolve – sem qualquer interferência do Estado e seus agentes – “conversar” com o menino cheio de suas vontades” que ameaçava matar duas pessoas Ao longo de todo o cativeiro, para que as negociações prosseguissem, não poderia ter havido qualquer intervenção da mídia. Deveria representar uma intervenção numa atividade estatal, ou no mínimo, um desrespeito aos direitos humanos das mulheres.
Não satisfeita com desfecho do caso, terminado o seqüestro, a mídia instiga a todos a ver o crime como gerador, afinal, de algo bom, ou seja, com a doação pela família dos órgãos da menina, de órgãos tudo se redime. A família, claro, como determina a religião, haverá de conformar-se e perdoar o agressor e assassino. Que imaginário! Ou mesmo, que bela forma de trabalhar o imaginário social... A mídia não refletiu no caso de Eloá e também diariamente em sua grade de produção, a propósito da complexidade da construção social em desfavor da mulher. Pelo contrário, reifica este tipo de crime, tudo numa busca frenética por audiência que traz lucros e mais lucros...
A gênese do problema é histórico e social, as mulheres não queremos ser gestoras de medidas paliativas ou de atividades que simplesmente administram as conseqüências do problema. A noção de historicidade de Marx e Engels ( no 18 Brumário) desmistifica a naturalização do papel subordinado da mulher, da noção de família, desnuda, enfim, as formas como são construídas, reproduzidas e transformadas as relações de gênero e supera o conceito de que seria da essência da natureza humana a dominação, a subordinação. O processo de mudanças da situação da mulher não tem um caráter idealista e muito menos imutável. Nele está implícita a possibilidade humana que tem a mulher de ser sujeito histórico, agente na construção das instituições e de sua própria vida com escolhas feitas com autonomia.

Há que se garantir a autonomia das mulheres sobre suas vidas, seus corpos, considerando a gravidez e o casamento não como fatalidades do destino, o reconhecimento de modelos abertos de sexualidade e constituição familiar, sem qualquer interferência do Estado ou religião, o direito à recusa das formas de produção e consumo sem qualquer respeito às relações de equilíbrio familiar e humano, das relações com a natureza, na luta pela construção da igualdade e de valores apontados pelos direitos humanos, o desmonte de estruturas profundas que persistem nas relações de poder hierarquizadas. ..

MERCEDES LIMA
COLETIVO DE MULHERES ANA MONTENEGRO

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Jovens Feministas Afrolatinas, Afroamericanas, Afrocaribenha e da Diaspora

Uruguay: Noelia Maciel,Elizabeth Suárez,Tania Ramírez, Republica Dominicana : Marianela, Brasil:Fabiana Franco, Quezia Lucena, Costa Rica: Diana Seniors, Puerto Rico:Jennifer N. Arriaga Rivera, Ecuador: Gissela Chala, Panamá: Omaris Ramos Guatemala: Marta castillo, Johanna Baltasar Nicaragua: Sherline Green, Peru: Mónica Carrillo,Honduras: Nedelka Lacayo Arzu.

segunda-feira, 14 de abril de 2008


Para mim vai muito além. Sentir o quanto é inédito e irreal a vontade de viver e está feliz! Com essa mesma pesperctiva busco muito mais além do que a minha sobrevivência. Busco o troco e a germinação da minha semente. Busco o meu Eu que ainda não está completo. Mas mesmo assim vejo como tudo ainda resta... E quanto a minha pouca consciência da minha obscura busca pelas incertezas e as enraízas que me cercam. Vejo o meu não egoísmo como algo que muito me incomoda, e especialmente, a minha falta sinceridade para comigo mesma. Preciso somente de mim para viver e ser feliz... Preciso ficar sozinha com as minhas angustias, com o meu superego e as minhas fragilidades. Viver resta muito! Resta muito mesmo... Porque se dá para outros, enquanto não consigo me ceder para mim mesma?

Fabiana Franco, segunda-feira, 14 de abril de 2008

segunda-feira, 7 de abril de 2008

AKOTIRENE .....


Marias

Jovens Feministas da Bahia, almoçando durante a Conferencia Estadual de Juventude

Gabriel

Fabiana Franco



Lindos! Marquinhos e Alessandro

Nossos amigos!



Gabriel e Alessandro


Camaradas Reginaldo e Gabriel


Grande Amigos!


Muitas Felicidades!


Grande galera do Bem!


Etâ rapaz serio!


Um dos dias mais feliz da minha vida!


Franklin e Alessandro


Alessandro e Franklin


Grande Familia - Fábia Franco, Francisco Franco, Alessandro Franco, Benedita Franco e Fabiana Franco


Benis e Alê


sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Negras Mulheres Jovens

Negras Mulheres Jovens

agosto 23, 2007 por dialogoj

Uma aliança inter-geracional pelo combate ao racismo o sexismo a lesbofobia e o adultocentrismo

Por Latoya Guimarães

Negras Jovens Feministas durante a II Conferência

Estamos contentes e temos motivos para comemorar, nos dias 17,18,19 e 20 de agosto, durante a II Conferencia Nacional de Políticas para as Mulheres em Brasília, as jovens feministas, negras, indígenas, lésbicas, rurais, quilombolas, deram um show de autonomia, solidariedade, tolerância e respeito às diferenças, jovens participantes dos mais diversos segmentos e identidades construíram aliança e firmaram pactos e compromissos pela afirmação dos direitos das mulheres e por um feminismo sem racismo, sexismo e lesbofobia. Nossa identidade de jovens coexistiu com nossas identidades raciais de orientação sexual, territoriais e de classe, provando que: as identidades se complementam e jamais devem se sobrepor e ou anularem-se em contato com outras. Estou muito feliz com os resultados dessa aliança e parabenizo todas as jovens que ousaram assumir o desafio de celebrar as diferenças. Como resultado/produto dessa aliança podemos citar:

1. A visibilidade e reafirmação dos direitos das mulheres negras com a introdução e aprovação do EIXO DE COMBATE AO RACISMO O SEXISMO E A LESBOFOBIA.

2. Reunião das jovens feministas (negras, lésbicas, indígenas, rurais) com a Ministra Nilceia Freire, da Secretaria especial de políticas para as Mulheres, que assumiu o compromisso de REALIZAR UMA VIDEO CONFERENCIA COM AS JOVENS FEMINISTAS PARA A CONTRUÇÃO DE UMA AGENDA COM AS JOVENS.

3. Introdução da TEMATICA ETNICO RACIAL, ORIENTAÇÃO SEXUAL, GERACIONAL, DEFICIENCIA, em todas as prioridades do plano nacional.

4. Compromisso publicamente assumido pela Ministra Nilceia Freire de APOIAR UM ENCONTRO PREPARATÕRIO DAS JOVENS A CAMINHO DAS CONFEREENCIA DE JUVENTUDE.

5. A introdução/caracteriz ação da religião de MATRIZES AFRICANAS como prioridade no plano Nacional de políticas para as mulheres.

6. Compromisso publicamente assumido pela Ministra Nilceia Freire de GARANTIR A REPRESENTAÇÃO DE UMA JOVEM NA COMISSÃO DE SISTEMATIZAÇÃO DAS RESOLUÇÕES DA CONFERENCIA.

7. Compromisso publicamente assumido pela Ministra Nilceia Freire de GARANTIR UMA VAGA/REPRESENTAÇÃ O DE UMA JOVEM NO CONSELHO DA SECRETARIA ESPECIAL DE POLITICA SPARA AS MULHERES.

Assim sendo estou convencida de que nos as juventudes feministas escrevemos um novo capitulo na Historia das mulheres e jovens do Mundo.

PODE ME CHAMAR DE GAY

Pode me chamar de gay

Pode me chamar de gay, não está me ofendendo. Pode me chamar de gay, é um elogio. Pode me chamar de gay, apesar de ser heterossexual, não me importo de ser confundido. Ser gay me favorece, me amplia, me liberta dos condicionamentos. Não é um julgamento, é uma referência. Pode me chamar de gay, não me sinto desaforado, não me sinto incomodado, não me sinto diminuído, não me sinto constrangido.
Pode me chamar de gay, está dizendo que sou inteligente. Está dizendo que converso com ênfase. Está dizendo que sou sensível. Pode me chamar de gay. Está dizendo que me preocupo com os detalhes. Está dizendo que dou água para as samambaias. Está dizendo que me preocupo com a vaidade. Está dizendo que me preocupo com a verdade. Pode me chamar de gay. Está dizendo que guardo segredo. Está dizendo que me importo com as palavras que não foram ditas. Está dizendo que tenho senso de humor. Está dizendo que sou carente pelo futuro. Está dizendo que sei escolher as roupas.
Pode me chamar de gay. Está dizendo que cuido do corpo, afino as cordas dos traços. Está dizendo que falo sobre sexo sem vergonha. Está dizendo que danço levantando os braços. Pode me chamar de gay. Está dizendo que choro sem o consolo dos lenços. Está dizendo que meus pesadelos passaram na infância. Está dizendo que dobro toalha de mesa como se fosse um pijama de seda.
Pode me chamar de gay. Está dizendo que sou aberto e me livrei dos preconceitos. Está dizendo que posso andar de mãos dadas com os anéis. Está dizendo que assisto a um filme para me organizar no escuro. Pode me chamar de gay. Está dizendo que reinventei minha sexualidade, reinventei meus princípios, reinventei meu rosto de noite. Pode me chamar de gay. Está dizendo que não morri no ventre, na cor da íris, no castanho dos cílios. Pode me chamar de gay. Está dizendo que sou o melhor amigo da mulher, que aceno ao máximo no aeroporto, que chamo o táxi com grito.
Pode me chamar de gay. Está dizendo que me importo com o sofrimento do outro, com a rejeição, com o medo do isolamento. Está dizendo que não tolero a omissão, a inveja, o rancor. Pode me chamar de gay. Está dizendo que vou esperar sua primeira garfada antes de comer. Está dizendo que não palito os dentes. Está dizendo que desabafo os sentimentos diante de um copo de vinho. Pode me chamar de gay. Está dizendo que sou generoso com as perdas, que não economizo elogios, que coleciono sapatos.
Pode me chamar de gay. Está dizendo que sou educado, que sou espontâneo, que estou vivo para não me reprimir na hora de escrever. Pode me chamar de gay. Que seja bem alto.

A fragilidade do vidro nasce da força e do ímpeto do fogo.

Pedro Bial, é jornalista da TV Globo.