A hora e a vez de Camaçari

A hora e a vez de Camaçari

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

O Brasil quer uma mulher presidenta!

Daqui a poucos dias, será eleita a primeira mulher presidenta que administrará o Brasil nos próximos 04 anos. Num momento como esse o que se espera é que o debate de idéias e propostas realmente relevantes permeie o processo eleitoral.


Para nós mulheres, é relevante discutir temas como a violência que ceifa milhares de vidas todos os dias; a falta de moradia, que atormenta milhões de famílias brasileiras; discutir também mecanismos para o fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS) e seus princípios da universalidade, integralidade e equidade, e de uma educação pública, gratuita e de qualidade. Enfim, discutir temas que contribuam para a melhoria da vida da população brasileira e que também fortaleçam a democracia do nosso País.

Porém, para surpresa e desapontamento nosso, assistimos a uma sucessão de fatos que promovem a desqualificação do feminino e estimula a produção e a reprodução da violência contra as mulheres. Desde o início do processo eleitoral, a nossa candidata a Presidenta foi alvo dos mais sórdidos ataques reveladores do sexismo, do machismo e da misoginia que constituem a nossa sociedade. Primeiro, orquestrou-se a tentativa de descredenciar essa candidata através do discurso falacioso que ela era um fantoche na mão do Presidente da República, revelando assim a dificuldade dos setores mais conservadores e machistas em aceitar a capacidade e competência das mulheres para a gestão pública. Depois, se descambou para o “debate” enviesado de temas ligados aos direitos sexuais e direitos reprodutivos com o intuito de alimentar o ódio, a intolerância e o desrespeito a grupos historicamente excluídos e socialmente inferiorizados, em especial as mulheres e as pessoas com orientação sexual e identidade de gênero diferentes das tradicionalmente aceitas.

O mais importante não é a posição pessoal da pretendente a ocupar a Presidência da República sobre determinados temas, mas é relevante, sim, ver a sinalização de compromissos com:

• Ações que contribuam para o enfrentamento da discriminação e de todas as formas de violência contra mulheres, negras(os), pessoas com deficiência, idosas(os) e todos os demais outros grupos socialmente inferiorizados;

• a construção de uma educação libertadora, que promova a descolonização do pensamento e garanta o pluralismo, a autonomia, a autodeterminação e a liberdade de todas as pessoas em situação de vulnerabilidade;

• a defesa do Estado Laico; democrático e solidário, capaz de promover a vida e os Direitos de toda a população, e que para além das aparências, reconheça que todos(as) têm direito a proteção igual contra qualquer discriminação de raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação que fere os direitos de todos seus cidadãos, rumo a uma sociedade que respeite a diversidade e promova a paz., reconhecendo que nenhuma pessoa ou instituição está acima da Constituição e dos direitos individuais e coletivos.

Saudações Ecofeministas e Libertarias Fabiana Franco

TEL'S: 55 + 71+ 88324755/81971179\91648549

MSN: franco.fabiana@hotmail.com

twitter.com/FABIANAFRANCOBA

Nenhum comentário: